quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

Erros cometidos quando estamos amando

Nós nunca fazemos perguntas suficientes.

Muitas de nós começamos um relacionamento no escuro. Com isso perdemos a oportunidade de descobrir dados cruciais para o sucesso - ou fracasso - da nova parceria.

E sabe por que não fazemos do jeito certo?

Nada é mais gostoso do que começo de namoro.

Os encantos dos jantares, os olhares sedutores, as conversinhas com sabor de pecado e aquela coisa toda que acontece nas preliminares de um relacionamento.

Não queremos perder essas delícias por nada no mundo. Só a idéia de puxar uma conversa séria, sobre a família, relacionamentos anteriores, parece a coisa menos romântica do mundo!

Nos contos de fada, você não precisa perguntar nada para ser feliz para sempre, certo?

Basta olhar nos olhos dele para ter certeza de que encontrou o seu príncipe encantado. Mas aqui é a vida real e por mais apaixonada que esteja, a única maneira inteligente de conhecer melhor o dono do seu coração é conversando, perguntando a ele - sem tom de interrogatório - sobre seus gostos, desagrados, manias, enfim, a sua história.

Só assim você vai saber se está escolhendo a pessoa certa - ou talvez seja melhor se tornarem bons amigos...

Lembre-se: você não vai sufocar com perguntas. Imagine-se como uma ótima ouvinte. E disso todo mundo gosta.

Outra razão pela qual não fazemos muitas perguntas no começo de uma relação é o medo das respostas. Ás vezes, à vontade de ter um namoro mais sério nos faz evitar tocar em qualquer tema que possa acabar com a fantasia. Queremos tanto que dê certo que acabamos boicotando, sem querer, justamente as possibilidades de entendimento.

Agora se você não quer que ele faça perguntas, é você que não quer se abrir. Então, para evitar que ele vasculhe sua vida, converse somente sobre amenidades. Talvez o seu passado não esteja bem resolvido, por isso prefere o pacto silencioso de um não incomodar o outro.

Só que é impossível um relacionamento sadio baseado em segredos mútuos.

Você pode ter todas as razões do mundo para não fazer perguntas, mas o que não percebeu ainda é que só o que não sabe pode fazê-la sofrer. Quanto mais informações tiver sobre a outra pessoa, mais possibilidades de saber se a relação de vocês vai dar certo.

Sem conhecê-la bem, você corre o risco de se decepcionar ou de se magoar com surpresas inesperadas.

Nós ignoramos os sinais de perigo.

Você já se sentiu uma total idiota por não ter notado as muitas pistas que seu namorado deixou, mostrando que ia aprontar alguma?

Você é do tipo Poliana, que acha todo mundo legal e nunca vê maldade em nada?

Quando olha para trás e lembra de um namorado, enxerga coisas que na época não via?

Se você se identificou com algum desses itens, bem-vinda ao clube. Você é do tipo que nota alguma coisa estranha no comportamento do seu amor mas em vez de ficar alerta, ignora o perigo.

Aí, quando o mundo desaba, fica pasma e se pergunta: "Como não percebi!"

Percebeu sim. Só que não ligou para os sinais de perigo.

Quando estamos apaixonadas, vemos apenas o que queremos ver. E assim acabamos nos desiludindo. "Você não era assim quando a gente se conheceu" ; "Se eu soubesse que você era assim não teria me envolvido tanto".

Nos sentimos traídas quando, em verdade, fomos nós que nos recusamos a ver o que estava bem diante do nosso nariz.

Podemos detectar quais são as nossas possíveis áreas de atrito ainda no começo do relacionamento. Nenhum namoro termina da noite para o dia. Nenhum casamento.

São meses, anos de desgaste antes de você acordar e perceber que já faz algum tempo que o encantamento acabou. O amor morreu. Mas não foi de repente. Ele agonizou lentamente. Um problema aqui, outra irritação ali, a falta de diálogo, à distância.

É possível notar os primeiros sinais de alerta e lutar para reverter à situação.

Lutar para reconquistar, para resolver.

Basta querer.

Não fechar os olhos, mas enfrentar.

Ver se ele está consciente do que está acontecendo. Com amor e determinação, um casal pode superar quase todos os obstáculos.

Ambos devem estar empenhados na mesma direção. Não adianta um apontar o problema enquanto o outro insiste em negar.

Nós fazemos mudanças precipitadas.

Mudar de gosto, de valores, de comportamento. Mudar o seu jeito de ser para agradar o novo namorado.

Isso, com certeza, é uma atitude precipitada.

Na esperança de criar o "casamento" perfeito, somos capazes de passar por cima dos nossos desejos em prol do outro.

Fingir, com a melhor das intenções, que somos almas gêmeas e tudo que ele gosta, nós gostamos também. Só que num relacionamento a dois, você tem, isso sim, que ajustar o que é importante para você à pessoa que está entrando na sua vida.

Quando nos anulamos, além de perder a identidade, criamos uma falsa harmonia de casal.

Você acha que seus interesses, seus amigos e tudo aquilo em que acredita não combinam com o novo amor da sua vida.

Então, faz de conta que nada daquilo é importante.

Sempre que começarmos uma relação é aquele encantamento.

Você quer contar de você, saber dele, o que acha, pensa, sente. Defender o seu ponto de vista e arriscar o primeiro clima de tensão entre vocês ou ceder, mesmo discordando plenamente, em nome da harmonia do casal.

Você é tão diferente do seu namorado que se não mudar muito, a relação não vinga. Talvez ele espere que mude mesmo e não aceite de outra forma. Ou, quem sabe, você é tão apaixonada - e quer tanto que dê certo - que resolve ser igual a ele.

Não que seu namorado quisesse isso, mas por medo de descobrir que ele não é o seu príncipe, você se precipita e se anula.

Casais felizes fazem mudanças mútuas, com prazer. Os dois abrem mão de uma série de coisas da vida de solteiro, mas não perdem a individualidade. Agora, quando você concorda com o outro só para evitar um conflito, está concordando pelo motivo errado.

É melhor entrar num relacionamento confiante nos seus valores, seus interesses, suas prioridades. Seu compromisso é, em primeiro lugar, com você. Depois vem o outro.

Nós nos deixamos enganar pelas aparências.

Muitas vezes, nos ligamos tanto no visual que não percebemos o que realmente interessa: nossa afinidade com ela.

Como instrutora de treinamento, gosto de ajudar as pessoas não somente por meio de informações mas fazendo com que experimentem o que estou dizendo. Então, para provar que muitas vezes nos ligamos no físico e esquecemos as outras qualidades da pessoa.

A atração física é sem dúvida, importante para um bom relacionamento, mas este exercício mostrou como podemos ficar cegos em relação a outros aspectos igualmente primordiais. Quando aprendemos ver o outro coração e não apenas com os olhos, teremos mais chances de encontrar a nossa cara metade. Se você é do tipo que se apaixona fácil por um rosto bonito em cima de um belo corpo, da próxima vez que isso acontecer que aguente o máximo de tempo possível antes de ir para cama com ele. Tente conhecê-lo sob outros aspectos, criar um vínculo afetivo, e só então se entregar. Assim são maiores as chances de sucesso no relacionamento.

Nós damos muito valor ao status

Nada disso é defeito. Mas também não é "Motivo" para se apaixonar por alguém. Além de todas essas delícias materiais, é fundamental que exista o vínculo afetivo. Em suma: você gosta dele, das suas qualidades, dos defeitos. Muitas vezes ficamos tão fascinadas pelo "status" que não conseguimos perceber a falta de outras coisas - estas sim, indispensáveis.

O importante não é ele ser rico mas sim promissor. Estar disposto a melhorar de vida, ter planos de crescer com você ao seu lado. Está mais do que na hora de perdermos esse complexo de cinderela. Não precisamos que um homem venha nos salvar. Podemos trabalhar, conquistar o nosso status e então, de igual para igual, caminhar juntos. Construir uma relação sólida, num esforço a dois. Se você escolhe um companheiro baseada apenas no que ele pode lhe oferecer de material e não no amor que tem para dar, no investimento afetivo a que se dispõe, com certeza a relação não vai funcionar. Existem milhões de ótimos partidos soltos por aí que, como você, estão batalhando para melhorar de vida. Preste mais atenção neles. Vai se surpreender. Você quer amar não importa quem.

No ginásio fui apaixonada por um menino chamado Alexandre. Meus cadernos eram lotados de corações envolvendo o nome dele. Nem preciso dizer que ele jamais soube da minha paixão profunda. E não precisava. O gostoso era ser apaixonada, juntar o meu nome ao sobrenome dele. Me imaginar casada e feliz com alguém - embora o alguém fosse ele, isso não importava muito. Quando a gente é criança, tudo bem. Mas infelizmente continuamos fazendo a mesma coisa depois de adultas. Não sei quantas mil vezes me apaixonei pela idéia de viver a grande paixão da minha vida e me vi envolvida com homens que não tinham nada a ver comigo!

Na ansiedade de amar, eu me atirava nos relacionamentos sem pensar se realmente tínhamos alguma compatibilidade, se ele era a pessoa certa para mim. Estava tão embevecida com a minha paixão, com o sentimento dentro de mim, que não via realmente o meu companheiro. Fantasiava o nosso romance, mas quando chegava "a vida real", ele não seguia o script que eu imaginava e a história de amor acabava.

Veja aqui alguns possíveis sinais de que você está se envolvendo demais num relacionamento que mal começou e já se comporta como se ele fosse o homem da sua vida mesmo sem ter tido tempo de conhecê-lo bem.

- Você e ele vão morar juntos no segundo mês de namoro
- Já sabia que ele é o homem da sua vida desde a primeira semana em que se conheceram.
- A intensidade do seu amor por ele é como se já se conhecessem há dez anos!
- Já nos primeiros dias você se flagra fazendo planos para passar o resto da sua vida ao lado desse homem.
- Mal se falam e já acha que não suportaria viver sem ele.
- Entra em pânico só de pensar que esse "amor" pode acabar.

Se você começou um novo relacionamento e está se enquadrando em algum desses casos, não entre em pânico. Isso não quer dizer que o namoro vai acabar. Talvez você esteja apenas indo depressa demais, assumindo um compromisso sem conhecer melhor o seu companheiro. Relaxe e namore mais, sem planejar os próximos cinqüenta anos.

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